O humorista Léo Lins foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão por falas consideradas criminosas no show Perturbador, realizado em 2022, em São Paulo. A Justiça entendeu que ele ultrapassou os limites da liberdade de expressão e cometeu crime de discurso de ódio.
Entre as piadas que motivaram a condenação, estão falas contra negros, indígenas e judeus. Ele disse coisas como:
- “Coisa terrível é usar o negro como escravo, graças a Deus isso acabou e agora usam os bolivianos.”
- “Se o dia da consciência negra é feriado pelos negros, quarta-feira de cinzas devia ser judeu.”
- “O preconceito, para mim, é uma coisa primitiva que não devia mais existir. Que nem o índio. Chega! Não precisa mais.”
- O humorista também fez piadas sobre pedofilia:
- “O uísque para mim tem que ser igual à mulher. Puro e com 12 anos.”
- “Sou totalmente contra a pedofilia, sou mais a favor do incesto, se for abusar de uma criança, abusa do seu filho, ele vai fazer o quê? Contar para o pai?”
- “O que vocês falam quando terminam de transar? Eu escrevi: ‘Não conta para sua mãe que eu te dou uma boneca’.”
A juíza Bárbara de Lima Iseppi afirmou na sentença que “o humor não pode ser usado como passe-livre para cometer crimes” e que as falas atingiram grupos vulneráveis.
Além da prisão, Léo Lins foi condenado a pagar multa de R$ 1,4 milhão e indenização de R$ 303,6 mil por danos morais coletivos. A defesa pode recorrer. As informações são do Terra.