Ramagem nega plano de golpe e diz que PF induziu STF e PGR ao erro

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), prestou depoimento nesta segunda-feira (9/6) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como réu na ação penal que apura uma tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro (PL) no poder após as eleições de 2022.


Ramagem é um dos oito investigados na Ação Penal 2.668. Ele foi o segundo a ser interrogado nesta fase do processo, após o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Durante seu depoimento, o deputado negou que tenha realizado qualquer monitoramento de autoridades durante o período em que esteve à frente da Abin. Ele também afirmou que não atuou para comprovar supostas fraudes nas eleições de 2022.

Ramagem criticou duramente a atuação da Polícia Federal, alegando que a corporação teria induzido tanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) quanto o STF ao erro nas investigações sobre a tentativa de golpe. Segundo ele, os investigadores “partiram de uma narrativa” e buscaram encaixar os fatos dentro dela.

Questionado sobre documentos que teriam apontado irregularidades nas urnas, Ramagem declarou que se tratavam apenas de “anotações privadas” e que não tinham relação com sua atuação institucional na Abin.


As investigações em curso apontam que membros do governo anterior teriam discutido formas de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), incluindo a elaboração de minutas golpistas e ações para influenciar militares

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