Nesta sexta-feira (27), a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) afirmou em entrevista ao UOL News, que foi “ingênua” ao contratar dois maquiadores como assessores parlamentares em seu gabinete na Câmara dos Deputados, em Brasília. Ela disse que não cometeu ilegalidades, mas reconheceu que deveria ter tomado mais cuidado.
– Fui ingênua ao não tomar os cuidados necessários para evitar que narrativas fossem construídas. Estamos totalmente tranquilos e fazendo tudo correto. Mas a gente precisa tomar cuidado, porque, do lado de lá, a verdade não importa – disse ela.
A parlamentar foi criticada por contratar os dois maquiadores como assessores parlamentares. Índy Rocha e Ronaldo Hass recebem salários entre R$ 2,1 mil e R$ 9,6 mil, respectivamente, mas não há informações de que eles cumpram outras funções além de cuidarem da beleza da deputada.
Ela disse na entrevista que ambos são pessoas LGBTs e de sua confiança, também confirmou que eles fazem sua maquiagem, alegando porém, que isso acontece “fora do nosso combinado de trabalho”.
– São excelentes maquiadores, mas são excelentes profissionais, inclusive um deles é formado em arquitetura e urbanismo. Ambos são bastante importantes na construção de algumas políticas públicas que nós já, inclusive, transformamos em lei.
Erika disse que os conheceu como maquiadores e que resolveu levá-los para o seu gabinete “para poderem ajudar nas diversas construções políticas”.
– Não são contratados, não são trabalhadores para fazer maquiagem. Muito pelo contrário. Fazem parte do núcleo duro do meu mandato, com atribuições claras, com trabalho que pode ser comprovado – garantiu ela, mas sem explicar quais seriam as funções deles.
E continuou:
– Nada foi feito às escondidas, nada por debaixo do pano. Nada feito de maneira errada ou criminosa, tudo às claras.