Lula autoriza uso das Forças Armadas para segurança da cúpula do Brics no Rio

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou oficialmente o uso das Forças Armadas para garantir a segurança da cúpula do Brics, que será realizada nos dias 6 e 7 de julho, no Rio de Janeiro. O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União na noite desta terça-feira (1º).


A operação contará com a atuação de militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica entre os dias 2 e 9 de julho. Eles serão posicionados em pontos estratégicos da cidade, incluindo áreas de circulação das delegações, locais de hospedagem e vias de acesso ao Aeroporto Internacional Tom Jobim.

Entre os locais que receberão reforço na segurança estão:

  • Museu de Arte Moderna (MAM)
  • Marina da Glória
  • Monumento Estácio de Sá
  • Hotel Fairmont Copacabana
  • Locais de hospedagem das comitivas
  • Vias entre os hotéis e os locais de eventos
  • Linhas Amarela e Vermelha e vias da Zona Sul

Além da presença das tropas em solo, a Força Aérea Brasileira (FAB) também adotará medidas excepcionais. Caças F-5M equipados com mísseis patrulharão o espaço aéreo, com autorização para interceptar aeronaves que entrem em áreas restritas sem permissão — podendo haver, em último caso, até abate.

“Quanto antes conseguirmos interceptar uma aeronave e usar os meios necessários, melhor. Por isso decidimos equipar os caças com esses mísseis, para aprimorar nosso tempo de resposta”, explicou o comandante de Operações Aeroespaciais, tenente-brigadeiro do ar Alcides Teixeira Barbacovi.


Essa será a primeira vez desde as Olimpíadas de 2016 que caças armados serão utilizados em operações de segurança no Brasil. A medida não foi adotada, por exemplo, durante a Copa do Mundo de 2014 nem na cúpula do G20 em 2023.

Neste ano, o Brasil ocupa a presidência rotativa do Brics, bloco formado por 11 países: África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Índia, Irã e Rússia. A presidência brasileira concentra esforços na reforma da governança global e no fortalecimento da cooperação entre países do Sul Global.

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