No culto da última quinta-feira (21), na sede da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec), onde é pastor presidente, Silas Malafaia voltou a se manifestar após ser alvo da Polícia Federal (PF).
O pastor ironizou quem criticou os áudios de sua conversa com Jair Bolsonaro, nos quais aparece usando xingamentos.
– Vai cuidar da sua vida! (…) O que o vazamento trouxe? A minha integridade e honestidade de falar o que eu penso. Artigo 5, inciso 10. É inviolável o sigilo das pessoas – disse.
Malafaia também reclamou da apreensão de seu passaporte, afirmando que não havia provas de fuga.
– Covardia da perseguição e da maldade. Apreendem meu passaporte, eu estou sendo investigado, eu não estou indiciado. Como é que prendem um passaporte de um líder religioso respeitado? – questionou.
O pastor contou ainda que seus cadernos de pregações foram recolhidos pela PF.
– O ministro, já digitalizou os cadernos? Me devolve. Será que pode ter alguma questão teológica que eu queira dar um golpe? Talvez sirva para alguém da PF aceitar a Cristo – declarou.
Malafaia negou ligação com os processos que investigam Jair e Eduardo Bolsonaro.
– Mas ele [Moraes] escolheu o cara errado. Eu não tenho medo de ser preso, não tenho medo de nada disso. Com todos os meus defeitos e limitações, eu sou um ungido de Deus. Ele escolheu o cara errado para tocar. Em nome de Jesus, esse homem vai ser julgado pelas leis do país e pelas leis de Deus e ele vai cair.
Por fim, o pastor disse que a única coisa que teme é que a perseguição política contra ele se transforme em perseguição religiosa, como acontece em outros países.