Durante a sessão de abertura da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investigará o escândalo do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), o relator do colegiado, deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), afirmou ter sido “bombardeado” de críticas em razão de suas preferências políticas.
Na ocasião, o parlamentar admitiu ser de “direita, com muito orgulho”, ressaltou que todos têm suas próprias convicções ideológicas, mas observou que elas não podem atrapalhar na busca pela verdade envolvendo o INSS.
– Fui muito bombardeado, que o “relator é de direita”. Sou de direita com muito orgulho, tenho uma história limpa, decente, de trabalho pela Justiça. Tenho minhas preferências políticas, claro que tenho, como todos os senhores e as senhoras as tem. Aqui não existe ninguém imparcial no âmbito político. Vamos deixar isso bem claro. O que nós vamos medir é se as nossas preferências políticas e divergências ideológicas irão atrapalhar no que interessa: a busca da verdade diante dos fatos e documentos – apontou.
Gaspar prometeu ser “duro e implacável” e que todos os governos serão alvos da comissão, a começar pela gestão Dilma Rousseff (PT), seguida por Michel Temer (MDB), Jair Bolsonaro (PL) e o novo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O deputado foi indicado como relator pelo presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), que também se pronunciou na sessão de abertura desta terça-feira (26), prometendo uma investigação “profunda e apartidária”.
O colegiado instalado no Congresso tem como objetivo investigar fraudes bilionárias envolvendo descontos ilegais em benefícios de aposentados e pensionistas.
