O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, afirmou nesta terça-feira (9) que o governo do país aceitou a última proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, sob a condição de que o Hamas deponha as armas e liberte todos os reféns no enclave.
– A guerra pode terminar amanhã – disse Saar em uma coletiva de imprensa em Zagreb, acrescentando que Israel está disposto a aceitar “um acordo completo que ponha fim à guerra” e englobe essas duas exigências.
Para o ministro, a condição de o Hamas depor as armas é “crucial” para Israel e, além disso, “garante um futuro melhor para Gaza e os palestinos”.
O ministro se referiu assim à última proposta de trégua com o Hamas colocada sobre a mesa pelos mediadores norte-americanos, que implicaria – segundo vazamentos para a imprensa israelense – a libertação dos 48 reféns vivos e mortos em Gaza no primeiro dia do cessar-fogo em troca de presos e detidos palestinos, e o começo, nesse mesmo dia, das negociações para o fim da guerra sob a supervisão de Trump.
Nos últimos dias, o Hamas, que quer um acordo com garantias de que Israel porá fim à sua ofensiva, afirmou que “está aberto a qualquer ideia ou proposta que permita alcançar um cessar-fogo integral” e a “retirada completa” das forças israelenses de Gaza.
Israel exige, por sua vez, a libertação dos reféns, o desarmamento do Hamas e que o grupo renuncie ao controle de Gaza para o fim da guerra no enclave.