O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), descreveu a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para líder da minoria como um “caso atípico” devido ao fato de o parlamentar estar residindo nos Estados Unidos, e afirmou que a Mesa Diretora fará uma análise da situação.
– Esta presidência não pode tomar nenhuma providência na base da especulação. Nós estamos ainda no campo das notícias. Aguardaremos a presidência ser oficiada sobre a decisão da liderança da minoria. É claro que se trata de um caso atípico. Vamos fazer uma análise, conversar com os partidos de oposição e, no momento certo, responderei à questão de ordem – assinalou
Motta ressaltou, contudo, que não cabe a ele aprovar ou não a escolha dos líderes de blocos ou bancadas na Câmara.
A nomeação de Eduardo como líder da minoria foi considerada uma manobra para evitar que o parlamentar perca o mandato por ausência. Isso porque desde 2015, época da gestão de Eduardo Cunha, a Câmara adotou o entendimento de que lideranças teriam “justificadas as ausências de registros no painel eletrônico, nas sessões deliberativas da Casa”. Assim, como líder da minoria, Eduardo não teria suas faltas computadas.
A até então chefe da minoria, Caroline de Toni (PL-SC), renunciou ao posto a fim de transferi-lo para o colega, e assumirá como vice-presidente, representando Eduardo em sua ausência.