Fux decide manter número atual de deputados nas eleições de 2026

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu, nesta segunda-feira (29), ao pedido do presidente do Congresso e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e determinou que a distribuição de vagas na Câmara dos Deputados não seja alterada para as eleições de 2026.

O pedido tinha sido feito após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetar a criação de novas cadeiras na Câmara, que objetivava evitar a perda de representantes por parte de alguns estados. A decisão de Fux se deu baseada no âmbito de uma ação judicial que determinou que o Congresso deveria definir, até 30 de junho, uma nova distribuição das 513 cadeiras da Câmara com base na população de cada Estado.


– Defiro o pedido cautelar para sustar a aplicação dos efeitos da decisão de mérito proferida nesta ADO às eleições legislativas federais de 2026, até que seja concluído o devido processo legislativo, cujo resultado poderá ser aplicado, com segurança e clareza, a partir das eleições legislativas de 2030 – disse Fux.

O argumento da solicitação realizada ao STF é que segundo o Censo de 2022 do IBGE, sete estados perderam população e, por isso, correm o risco de perder cadeiras na redistribuição.

Para evitar que estados perdessem representantes, a Câmara e o Senado aprovaram um projeto que criava 18 novas cadeiras na Câmara dos Deputados, elevando o total de 513 para 531. As novas vagas seriam distribuídas entre nove estados, preservando a atual representação de todos os entes federativos.


No entanto, o governo Lula vetou a proposta, sob a justificativa de que ela geraria aumento de despesas públicas. O veto foi uma derrota para o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), principal articulador do projeto.

O ministro Fux, ao acolher o pedido de Alcolumbre, ressaltou o princípio constitucional da anualidade eleitoral e suspendeu a decisão anterior do STF que exigia ação imediata do Congresso. Ele determinou que a nova lei só poderá valer a partir das eleições de 2030 e convocou uma sessão virtual extraordinária do Plenário para confirmar a medida cautelar.

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