Carlos Bolsonaro critica discurso de “união da direita”

O vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) criticou nesta segunda-feira (6) a falta de mobilização de lideranças de direita em defesa de anistia a seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto.

– Jair Messias Bolsonaro, o principal líder político do país, segue preso ilegalmente, torturado diariamente, enquanto nenhum integrante da chamada ‘união da direita’ se manifesta com uma única palavra ou ação jurídica e política diante da destruição completa da democracia brasileira – escreveu ele em seu perfil no X.


A expressão “união da direita” remete a declarações recentes do senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, que defendeu maior união entre os partidos conservadores para evitar derrota eleitoral em 2026.

– Já está passando de todos os limites a falta de bom senso na direita, digo aqui a centro-direita, a própria direita e seu extremo. Ou nos unificamos ou vamos jogar fora uma eleição ganha outra vez – escreveu o senador.

Carlos e o irmão, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), têm demonstrado insatisfação com o recuo da oposição na pressão pela anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro que beneficiaria o ex-presidente.


Na última quinta (2), Carlos cobrou “firmeza e coerência”.

– Chega desse papo de “eu darei indulto se for eleito” para enganar inocentes – afirmou.

As críticas são dirigidas a figuras como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo); e de Goiás, Ronaldo Caiado (União). Os três já declararam que perdoariam Bolsonaro caso chegassem à Presidência em 2026.


O relator do projeto de anistia na Câmara, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), já disse que a “anistia ampla, geral e irrestrita” defendida pela direita está descartada em seu parecer, que se limitará à dosimetria, ou seja, na redução das penas fixadas.

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