O ativista da causa animal Luísa Mell realizou um protesto de alto impacto nesta quinta-feira (6) em Belém, no Pará, onde acontece a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). Em parceria com a organização internacional PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais), a apresentadora defendeu o veganismo e criticou o cardápio da conferência.
Com o corpo pintado como o planeta Terra e apenas com as partes íntimas cobertas, Luísa Mell se deitou em um prato cenográfico montado na calçada, em frente ao local do evento. A cena contava com um garfo espetado nela e um cartaz ao fundo mostrando uma floresta em chamas.
A mensagem do protesto era direta: “Comer animais alimenta o fogo. Por favor, seja vegano”.
A ação teve como principal objetivo protestar contra o cardápio servido na própria conferência, que, segundo a ativista, oferece apenas 40% de opções vegetarianas ou veganas.
Luísa Mell classificou a postura dos organizadores como “hipocrisia” e destacou a contradição entre os discursos de sustentabilidade do evento e as práticas alimentares adotadas.
“O intuito da ação é protestar contra a cúpula da COP30, porque apesar de todo mundo já saber que a principal razão da destruição da Amazônia é a pecuária para plantar soja e milho, para alimentar animais de produção ou para virar pasto, apenas 40% da alimentação servida na COP é vegetariana ou vegana,” afirmou a ativista.
Ela ressaltou o impacto ambiental dos alimentos de origem animal:
“Mais de 60% tem carnes e leites, que a gente sabe que é a causa, principalmente no Brasil, da emissão de metano e CO2, causando a destruição dos nossos biomas.”
“A própria ONU já disse que é impossível a gente reverter o aquecimento global sem uma transição da alimentação, então por que na própria COP a gente não tem uma alimentação vegana?”, questionou.