O humorista Renato Aragão, mais conhecido como Didi Mocó, é alvo de um processo milionário movido pela própria filha. Juliana Rangel Aragão, filha mais velha do comediante, acusa o pai de ter lhe dado um calote de cerca de R$ 872 mil. Ela requer a quitação da dívida com juros, correção monetária e honorários advocatícios de 20%, o que totalizaria quase R$ 1 milhão.
Segundo informações do Notícias da TV, Juliana conta ter emprestado um total de R$ 950 mil ao pai em dezembro de 2018. O dinheiro seria proveniente da venda de um apartamento que Juliana herdou da mãe, Martha Maria Rangel Aragão.
O acordo previa que o valor fosse devolvido até 31 de dezembro de 2023. Entretanto, Didi só teria pago R$ 77 mil. Juliana afirma que os valores eram geridos pela madrasta Lilian Aragão, com quem possui uma relação conturbada.
A autora relata que Lilian passou a exigir que ela assinasse recibos de quitação parcial, levando em conta também despesas pessoais que teriam sido custeadas por Didi à época em que Juliana ainda residia com o casal.
A filha do comediante reconhece que nem todos os comprovantes foram preservados, porque ela não tinha controle direto sobre as próprias finanças. Ela decidiu buscar à Justiça a fim de receber o restante do valor.
Juliana é carioca, é mãe de uma filha e afirma ser da comunidade LGBTQIAP+. Ela já trabalhou como motorista de aplicativo e já criou vaquinhas online para comprar medicamentos para asma e consertar o ar-condicionado do carro com o qual trabalhava.
Contatado, Didi rebateu as acusações, em nota.
Leia a seguir:
Há mais de uma década, e sempre com o apoio de orientação jurídica, ficou acordado que uma parte dos recursos herdados por Juliana da herança de sua mãe fosse administrada pelo pai, processo conduzido seguindo as orientações do advogado da própria Juliana. A intenção, desde o início, foi simples: garantir que seu patrimônio estivesse protegido e bem-organizado, de forma que ela pudesse utilizá-lo com tranquilidade ao longo do tempo, sempre priorizando também a segurança e o bem-estar de sua filha menor de idade.
Esse arranjo familiar –comum em muitas famílias que buscam apoio na gestão financeira– sempre funcionou de maneira transparente. Sempre que havia necessidade de movimentações extraordinárias que não eram do dia a dia (como despesas domésticas, uma vez que Juliana morava na casa do pai), eram registradas por escrito, justamente para que Juliana tivesse controle claro sobre o que tinha sido usado e o que permanecia reservado para ela.
Neste ano, porém, Juliana deixou a casa sem comunicar seu paradeiro e sem manter contato com a família, inclusive deixando a filha menor aos cuidados do avô. Desde então, todas as tentativas de aproximação feitas pelo pai e pelos familiares têm sido sem sucesso. O que tem chegado à família são apenas notificações jurídicas, e-mails com teor de chantagem e conteúdos publicados na internet que não representam a realidade.
O único objetivo da família, neste momento, é preservar a integridade emocional de Júlia e garantir que os recursos pertencentes à própria Juliana continuem sendo administrados com responsabilidade, até que seja possível retomar o diálogo de forma respeitosa e segura. Também preocupa a interferência de terceiros, desconhecidos da família e que possam estar usando de má-fé na condução do processo, tentando se aproveitar da triste situação para ganhos financeiros.
Que fique claro que Renato Aragão não precisa nem nunca precisou dos recursos de Juliana e que isso nunca foi incorporado ao patrimônio dele nem de sua esposa, sendo apenas administrados pela família por segurança da própria Juliana. A família segue aberta ao entendimento, sempre com respeito à relação de pai e filha, que é a parte mais importante desse triste episódio.