Maduro conclama Venezuelanos em quartel

O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta terça-feira (26) que o país enfrenta uma “coyuntura decisiva para sua existência” como república e que está “proibido falhar” na defesa da nação diante das “ameaças” dos Estados Unidos, que mantêm um desdobramento naval e aéreo no Caribe.


Em discurso realizado na Academia Militar do Forte Tiuna, em Caracas, um dos principais complexos militares do país, Maduro declarou que não há desculpas para ninguém, seja civil, político, militar ou policial, e que a pátria exige o maior esforço e sacrifício.

“Se a pátria reclamar, a pátria terá nossa vida, se necessário”, disse o ditador, cercado de seus mais altos funcionários, incluindo o ministro do Interior, Diosdado Cabello; a vice-presidente executiva, Delcy Rodríguez; o presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodríguez; e o ministro da Defesa, Vladimir Padrino López.

Maduro fez um apelo à população, às forças armadas e aos órgãos de segurança para se esforçarem “dez vezes mais” a fim de **defender cada palmo do território venezuelano contra qualquer ameaça ou agressão imperialista, venha de onde vier e quando vier”.

A declaração ocorreu durante uma marcha que reuniu milhares de pessoas, entre simpatizantes do chavismo e funcionários do governo, rejeitando o que chamaram de “ameaças e ataques do imperialismo”, em referência ao desdobramento militar dos EUA, que Washington apresenta como operação de combate ao narcotráfico, mas que Caracas denuncia como uma ameaça para promover mudança de regime.


O clima de tensão aumenta após o Departamento de Estado dos Estados Unidos ter classificado oficialmente o Cartel de los Soles como grupo terrorista estrangeiro, acusando Maduro e altos membros do regime venezuelano de liderar a organização. O governo de Caracas, por sua vez, nega as acusações e considera a medida um “invento” de Washington.

Além disso, a situação aérea se complicou com a suspensão de cerca de 30 voos internacionais partindo de Caracas, após a Administração Federal de Aviação dos EUA ter recomendado “extremar precauções” ao sobrevoar a Venezuela devido a uma situação potencialmente perigosa na região.

O discurso do ditador e a mobilização popular refletem o cenário de tensão crescente entre Caracas e Washington, com Maduro buscando demonstrar unidade nacional e determinação diante

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