Trump convida Netanyahu para nova visita à Casa Branca

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, convidou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para uma nova visita à Casa Branca. O convite foi feito durante uma conversa telefônica realizada nesta segunda-feira, 1°, segundo informações do gabinete israelense. O gesto ocorre enquanto Trump prepara uma viagem pelo Golfo e reforça sua tentativa de reorganizar as relações do Oriente Médio sob seu segundo mandato.

Trump iniciará na segunda-feira um giro de quatro dias por Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos. A agenda será voltada sobretudo à busca de novos investimentos e acordos comerciais com algumas das economias mais ricas da região, relata o The Times of Israel.


Trata-se da primeira incursão internacional de maior porte desde seu retorno ao poder e reflete, de acordo com assessores norte-americanos, a preferência do presidente em priorizar países do Golfo em vez de aliados tradicionais do Ocidente.

A ausência de Israel no roteiro foi interpretada em Washington como um sinal de desgaste entre Trump e Netanyahu. Um integrante do alto escalão ouvido pelo Washington Post afirmou que não havia necessidade de incluir uma reunião presencial, porque Netanyahu já teria estado em Washington “700 vezes” desde a posse de Trump. Apesar disso, o telefonema desta noite marcou o quinto convite para que o premiê retorne à Casa Branca desde janeiro.

Durante a ligação, os dois trataram da necessidade de desmontar a estrutura militar do Hamas e desmilitarizar a Faixa de Gaza, além de debater possíveis ampliações dos acordos de normalização na região.

O contato também veio um dia depois de Netanyahu solicitar oficialmente um indulto ao presidente israelense, Isaac Herzog, no processo de corrupção que enfrenta. Trump já havia manifestado apoio público a esse perdão.

Benjamin Netanyahu enfrenta atualmente um conjunto de acusações formais de corrupção, às quais ele responde em três processos distintos (conhecidos como Caso 1000, Caso 2000 e Caso 4000).

No Caso 1000, ele e sua mulher são acusados de ter recebido presentes de luxo, como charutos e champanhe, de empresários ricos, em troca de favores políticos e influência.

No Caso 2000, a acusação é que Netanyahu teria negociado com a direção de um grande jornal israelense, o Yedioth Ahronoth, para obter cobertura favorável em troca de legislações que prejudicariam um concorrente de mídia, o Israel Hayom.

Já no Caso 4000, o cerne das acusações recai sobre supostos benefícios regulatórios concedidos a uma grande empresa de telecomunicações, a Bezeq, que controlava também um portal de notícias, o Walla. Os supostos benefícios teriam sido trocados por cobertura midiática favorável a ele e sua família.

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