Flávio Dino marca para fevereiro julgamento dos réus do caso Marielle

O presidente da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Flávio Dino, definiu para os dias 24 e 25 de fevereiro de 2026 o julgamento dos réus acusados de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), de 38 anos, e do motorista Anderson Gomes, executados em março de 2018, no Rio de Janeiro. A sessão será presencial, e o caso tem como relator o ministro Alexandre de Moraes.


Quem vai a julgamento

Serão julgados por participação no crime:

  • Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ);
  • Chiquinho Brazão, ex-deputado federal e irmão de Domingos;
  • Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio;
  • Ronald Alves de Paula, major da Polícia Militar;
  • Robson Calixto, ex-policial militar e assessor de Domingos Brazão.

Todos estão presos preventivamente.

O que diz a delação

A denúncia é baseada, em grande parte, na delação premiada de Ronnie Lessa, ex-policial militar e autor confesso dos disparos que mataram Marielle e Anderson. Segundo o depoimento, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, além de Rivaldo Barbosa, atuaram como mandantes do crime.

  • Rivaldo Barbosa teria participado do planejamento da execução.
  • Ronald Alves de Paula teria monitorado a rotina da vereadora e repassado informações ao grupo.
  • Robson Calixto é acusado de entregar a arma usada no atentado para Lessa.

Motivação apontada pela PF

De acordo com a investigação da Polícia Federal, o homicídio está ligado à atuação política de Marielle, que se posicionava contra interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, com influência em áreas dominadas por milícias e disputas fundiárias no Rio.


Acusados negam participação

Durante os depoimentos à PF, todos os réus negaram envolvimento no assassinato.

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