O deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do Partido Liberal (PL) na Câmara, comentou nesta sexta-feira (12) a decisão dos Estados Unidos de retirar os nomes do ministro Alexandre de Moraes e de sua esposa, Viviane Barci, da lista de sancionados pela Lei Magnitsky. A reação do parlamentar foi publicada em suas redes.
Sóstenes afirmou que a aplicação da lei pelo governo Trump havia marcado “uma janela histórica para o Brasil”, por expor, segundo ele, “abusos de quem hoje concentra poder além dos limites constitucionais”. Para o deputado, a revisão dos EUA não muda o alerta que a sanção representou.
O líder do PL disse que não vê interferência externa no tema, mas “consequência”, ao argumentar que o cenário internacional reage quando instituições internas “falham em conter excessos”. Ele defendeu que o país precisa “restaurar o equilíbrio entre os Poderes” e evitar a normalização do que chamou de “autoritarismo togado”.
E declarou:
– Agora, resta a nós, brasileiros, fazer a nossa parte: restaurar o equilíbrio entre os Poderes e resgatar uma democracia corroída por decisões unilaterais e sem freios.
Sóstenes também afirmou que o debate não é sobre pessoas, mas sobre Constituição e limites institucionais. Ao final, citou o texto bíblico de Isaías 10:1 para reforçar sua crítica.
A medida do governo norte-americano foi tomada nesta sexta, sem explicação adicional da Casa Branca. A inclusão do casal Moraes na lista havia ocorrido em julho, durante o processo que envolvia o ex-presidente Jair Bolsonaro.
