Na última quinta-feira (27/1), as ações da Petrobras caem depois da confirmação de Jean Paul Prates na presidência da companhia. Os papéis ordinários tiveram queda de 4,93% na mínima do dia. Já os preferenciais recuaram até 4,23%.
Às 16h, tinham queda de 3,32% e 3,08%, respectivamente, as maiores da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo). Ajudavam a puxar o Ibovespa, o principal índice do mercado de ações, para baixo. No mesmo horário, recuava 0,11%, aos 114.144 pontos.
O mercado financeiro teme interferências políticas na empresa. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem a intenção de mudar a política do preço de paridade internacional dos preços dos combustíveis. Na prática, a estatal poderá definir preços nas refinarias que resultem em prejuízo para a empresa. Ou seja, ser onerada com o barril do petróleo elevado no exterior e não repassar o aumento para as distribuidoras.
Do ponto de vista do investidor, essa mudança será prejudicial porque, além de diminuir o resultado financeiro da companhia, reduzirá a remuneração aos acionistas com dividendos.
O mercado já esperava a confirmação de Jean Paul Prates no comando da estatal, mas a decisão da última quinta-feira (26/1) aumentou a cautela dos investidores. Lula já defendeu “abrasileirar” os preços.