O adolescente de 13 anos responsável pelo ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo, disse à polícia que apanhava do pai e era chamado de “rato de esgoto” na escola.
Durante o depoimento, o estudante relatou ainda que presenciou seu pai, que sempre foi bastante agressivo, ameaçando sua mãe com uma faca. Ainda de acordo com a oitiva, o garoto cogitou matá-lo, mas não teve coragem. O jovem agressor também escreveu uma carta na qual pedia desculpa para a mãe, a tia e a avó pelo ato.
Ele disse ainda que também sofria bullying na Escola Estadual José Roberto Pacheco, em Taboão da Serra, onde estudava anteriormente e afirmou que também era agredido fisicamente. Segundo ele, as piadas ocorreram por conta da sua aparência física.
Aos policiais, o garoto detalhou o plano para o atentado na escola. A ideia era agir com uma arma de fogo, mas, como não conseguiu obter o artefato, decidiu atacar professores e alunos com uma faca. O objeto, segundo ele, foi pego na cozinha da mãe. Sua intensão era matar duas pessoas de forma aleatória e se matar em seguida.
No ataque ocorrido na segunda-feira, 27, a professora Elizabeth Terreiro, de 71 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu. Outras cinco pessoas ficaram feridas. Ele foi rendido por funcionários da escola enquanto agredia uma professora, dentro de uma sala de aula. O momento em que o agressor é imobilizado foi registrado por uma câmera, instalada no local.
O adolescente cursava o 8º ano do Ensino Fundamental. Disse ainda que há muitos anos e passou a ter ideias de se vingar e treinava o uso de facas no travesseiro. Além disso, teve como inspiração os ataques em Columbine, em 1999, e na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano, ocorrido em 2019.