A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a medida do governo Lula de autorizar a importação de arroz subsidiado no âmbito das operações de ajuda humanitária no Rio Grande do Sul.
A CNA argumenta que, como quase 85% da safra de arroz plantada no estado havia sido colhida antes das chuvas, não haveria risco de desabastecimento.
“Dados realistas do setor indicam que a safra gaúcha de 2023/2024 foi de aproximadamente 7,1 milhões de toneladas de arroz, patamar aproximado ao volume colhido pelo Estado na safra 2022/2023 que foi de 7,239 milhões de toneladas, segundo dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga)”, afirma a confederação na ação.
Ela também alega que os produtores rurais do Rio Grande do Sul “nunca foram ouvidos no processo de formulação dessa política de importação do cereal”.
“Não só os sindicados locais, mas também a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e a própria CNA detém informações técnicas relevantes e dados de produção e colheita do arroz que demonstram que o risco de desabastecimento não existe e que a política de importação do arroz se revelaria desastrosa e contrária ao funcionamento do mercado”, acrescenta.