A bolsa de valores de Wall Street teve um dia de resultados divergentes na última segunda-feira, 3, apesar da forte alta do preço do petróleo. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,98%, enquanto o S&P 500 subiu 0,37%. Por outro lado, o tecnológico Nasdaq apresentou queda de 0,27%. A disparada dos preços do petróleo foi ocasionada pelo anúncio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), no domingo, 2, que decidiu reduzir em 1,16 milhão de barris por dia a produção a partir de maio, com a Arábia Saudita liderando o movimento.
Além disso, outros sete países – Iraque, Argélia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Omã, Cazaquistão e Kuwait – também seguiram a decisão que começará a vigorar em maio e será mantido até o final do ano. A Rússia também anunciou que irá prolongar o corte de produção em 500.000 barris diários até o final do ano. Segundo o grupo, a medida tem como objetivo a estabilidade de preços no mercado petrolífero.
Apesar da alta no preço do petróleo, o mercado financeiro não demonstrou pânico e fechou em alta. O Dow Jones, que é considerado um termômetro da economia norte-americana, registrou sua melhor performance desde 6 de janeiro deste ano. Analistas afirmam que os investidores estão confiantes na recuperação da economia global, impulsionada pelos estímulos econômicos dos governos. Ainda assim, o aumento do preço do petróleo pode representar uma ameaça à recuperação econômica, uma vez que pode aumentar a inflação e afetar os lucros das empresas.
Por fim, a alta dos preços do petróleo também pode ter impactos políticos, uma vez que os países importadores de petróleo podem sofrer com os preços mais elevados. Além disso, a decisão da OPEP pode afetar as relações comerciais entre os países produtores de petróleo e os países consumidores, especialmente os Estados Unidos, que buscam cada vez mais a independência energética e podem se ver afetados pelos preços mais altos.
O preço do petróleo deve continuar volátil nos próximos dias, enquanto o mercado avalia o impacto das decisões da OPEP sobre a oferta global de petróleo.