O Tribunal de Justiça de São Paulo, condenou a jornalista Barbara Gancia, a pagar R$ 10 mil para Filipe Martins, assessor internacional do presidente Jair Bolsonaro, por chamá-lo de supremacista branco, em uma publicação no Twitter, em junho do ano passado.
A corte ainda determinou que, ela deve excluir, em dez dias, os comentários postados na rede social, sob pena de multa diária no valor de R$ 250.
Na última segunda-feira (01/08), a decisão foi divulgada, e de acordo com o juiz Danilo Fadel de Castro, a publicação foi feita de forma exagerada e violou os direitos de personalidade do assessor do presidente.
No presente caso, a manifestação da parte requerida extrapolou os limites da livre manifestação do pensamento ao definir o autor como ‘supremacista’.
Juiz Danilo Fadel de Castro
A jornalista foi condenada após parodiar um tuíte de Martins na rede social onde afirmou que:
Nenhuma sociedade minimamente civilizada permitiria a um supremacista metido a engomadinho, discípulo de astrólogo charlatão fazer parte do círculo íntimo do presidente da República e interferir em políticas de Estado. Em qualquer lugar minimamente respeitável estariam todos presos.
Barbara Gancia
O advogado de Gancia, Leonardo Martins, disse ao jornal Folha de S.Paulo que entrará com recurso contra a decisão.