Um bebê nasceu morto dentro do carro da família enquanto a gestante chegava ao Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú. A Polícia Civil vai investigar o caso, uma vez que a mãe relatou ter procurado a unidade de saúde várias vezes com dores, mas em todas as ocasiões foi liberada.
O hospital afirmou que seguiu os protocolos, mas que os procedimentos adotados serão revisados.
De acordo com a Polícia Militar, a mulher chegou ao hospital em trabalho de parto na manhã de quarta-feira (23).
O parto começou dentro do carro e, em busca de ajuda, o marido da gestante correu até a unidade.
Uma enfermeira obstétrica foi ao veículo para auxiliar no parto, mas o recém-nascido já estava morto. Tentativas de reanimação foram realizadas no hospital, mas sem sucesso.
A polícia foi acionada porque, antes do desfecho trágico, a mulher já havia procurado atendimento no local. Ela relatou que estava com 40 semanas e três dias de gestação e, na segunda-feira (21), foi ao hospital para um acompanhamento de rotina.
À noite, ela perdeu líquido amniótico, sangue e o tampão, sinais comuns de que o parto estava próximo. Ela voltou ao Ruth Cardoso, mas foi informada que não tinha dilatação suficiente e foi orientada a retornar para casa.
Na terça, com dores, a mulher voltou ao hospital em dois momentos diferentes, mas foi novamente liberada. Na quarta de manhã, ocorreu o incidente que resultou na morte do bebê. A Polícia Militar acionou a Polícia Civil, que confirmou que investigará o caso.
Em nota, a prefeitura afirmou que o hospital segue os protocolos do Ministério da Saúde, explicando que, a partir de 40 semanas de gestação, as gestantes são encaminhadas para a maternidade de referência, onde são acompanhadas a cada dois dias.
Caso não entrem em trabalho de parto até a 41ª semana, é realizada a internação para indução do parto, seguindo os parâmetros de segurança da Rede Cegonha.
A direção do hospital informou que, durante as visitas da gestante à maternidade, os exames indicavam que seu quadro era normal e que a equipe médica seguiu os procedimentos recomendados, orientando a paciente sobre os sinais de alerta para retorno ao hospital, caso necessário.
Ainda assim, a prefeitura garantiu que os procedimentos adotados serão alvo de uma apuração interna.
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