“Eu com 40 anos de cadeia no lombo, não tenho recurso para lugar nenhum, eu vou morrer na cadeia. Qual crime? Crime impossível, golpe da Disney. Junto com o Pateta, com a Minnie e com o Pato Donald, que eu estava lá em Orlando, programou esse golpe aí”, declarou o ex-presidente, referindo-se ao período em que estava nos Estados Unidos, na época dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.
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A declaração ocorre em meio ao processo movido pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusa Bolsonaro de liderar uma organização criminosa armada e tentar abolir violentamente o Estado Democrático de Direito. A denúncia também inclui as acusações de tentativa de golpe de Estado, dano qualificado contra o patrimônio público e deterioração de patrimônio tombado. Caso seja condenado, a pena pode ultrapassar os 40 anos de prisão.
Durante a entrevista, Bolsonaro reforçou sua linha de defesa, afirmando que não poderia ter participado do golpe por estar fora do país. Em decisões anteriores, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) como Cristiano Zanin e Flávio Dino já afirmaram que a ausência física do acusado no 8 de janeiro não exclui eventual participação nos eventos que levaram à invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes.
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“Estão previstos 40 anos de cadeia. Me prendam. Estou com 70 já, quase morri em uma cirurgia. Vou morrer, não vai demorar”, disse Bolsonaro, ao mencionar os riscos à sua saúde e negar a possibilidade de pedir asilo político, ainda que já tenha admitido essa alternativa anteriormente.
O ex-presidente também afirmou que é alvo de perseguição por parte do que chama de “sistema”, que, segundo ele, tenta impedir sua participação nas eleições de 2026. “Eu não sei até quando vou resistir”, afirmou, em tom de desabafo.
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Ao comentar a condenação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) por invasão ao sistema do CNJ e falsidade ideológica, Bolsonaro disse que o caso “não tem cabimento” e citou o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) como outro alvo de “ativismo judicial”.
A entrevista também abordou temas relacionados ao setor do agronegócio. Bolsonaro destacou que seu governo deu “segurança jurídica” ao campo e que “tirou a força do MST”. Ao falar sobre a fraude no INSS, com descontos indevidos em aposentadorias e pensões, afirmou que os principais beneficiados foram sindicatos que, segundo ele, não foram recebidos por sua gestão. Também mencionou o envolvimento do irmão do presidente Lula em um dos sindicatos, afirmando não estar insinuando nada.
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Após a descoberta da fraude, Bolsonaro admitiu a possibilidade de que casos de corrupção tenham ocorrido durante seu governo, que durou de 2019 a 2022. Segundo a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), as investigações começaram em 2019, mas as irregularidades datam ainda do governo Michel Temer (MDB).