Nesta quarta-feira (3/8), o presidente da República Jair Bolsonaro, disse no culto na Câmara dos Deputados que os decretos de isolamento social na pandemia mostraram “um pouco do que é ditadura” e não geraram a reação necessária. Citando a aproximação com a bancada evangélica, Bolsonaro também criticou a carta de apoio à democracia, que conta com mais de 600 mil assinaturas.
“Tenho o hábito todo dia de agradecer pela missão, mas também pedir a Deus para que nosso povo não sinta as dores do comunismo. Vimos na pandemia chefes do Executivo impedindo o ir e vir, prendendo mulheres, fechando igrejas, e ninguém falou de democracia. Tudo podia ser feito. Vocês todos sentiram um pouco do que é ditadura, e nenhum daqueles que assinam cartinhas se manifestou naquele momento”, disse.
O culto foi organizado pela frente evangélica da Câmara, presidida pelo deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ). Parlamentares como Marco Feliciano (PL-SP) e a agora candidata a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP-DF), compareceram.
Bolsonaro foi aplaudido pelos presentes ao levantar temas conservadores. Ele lembrou que, quando parlamentar, foi contra projetos que permitiam a punição de padres e pastores que se recusassem a realizar “todos os tipos de casamento” e que tinham como pauta a “desconstrução da heteronormatividade”.
“Não estou aqui por acaso. Digo a vocês: não queiram minha cadeira. Sofrimento, ataques, perseguição. Tudo acontece. […] Mas aprendemos que tudo o que pudermos fazer na Terra temos que fazer. O que não for possível, entregamos na mão Dele.”