Bolsonaro entra com ação contra Moraes junto ao TSE sobre gesto de “degola”.

Nesta quinta-feira (29/9), o presidente Jair Bolsonaro, pediu ao TSE que o ministro Alexandre de Morares seja considerado suspeito para julgar a ação que o impediu de fazer “lives” no Palácio da Alvorada. O argumento é o fato de o magistrado ter feito um “gesto de degola”, que os apoiadores de Bolsonaro interpretaram como uma suposta ameaça.


Conforme foi relatado aqui no Vista Pátria, no momento em que o tribunal julgava a possibilidade de o presidente Jair Bolsonaro, fazer “lives” com cunho eleitoral nas dependências do Palácio da Alvorada, Moraes passou o dedo indicador pelo pescoço, em um movimento comumente usado para se referir a algo que chegou ao fim — ou uma degola.

Segundo a apuração do O Globo, Moraes, após dar a palavra à ministra Maria Claudia Bucchianeri, se dirigiu em tom de brincadeira a um assessor que estava no plenário do TSE. O motivo, segundo relatos feitos à reportagem, teria sido a demora para passar uma informação.

No pedido ao TSE, o chefe do Executivo argumenta que o gesto demonstra “animosidade e interesse pessoal em desfavor do então Representado, Presidente Jair Bolsonaro” e que, com isso, Moraes “afastou-se da impositiva imparcialidade judicial, consagrada como uma das bases da garantia do devido processo legal, sujeitando-se à presente arguição”.

A defesa do presidente argumenta que não houve um pronunciamento oficial de Moraes para esclarecer o gesto, embora cite que “veículos de comunicação” noticiaram que o ministro se referia a um assessor e não teria relação com o presidente da República.


Em sessão do TSE na última terça-feira (27/9), os ministros mantiveram, por quatro votos a três, o veto a Bolsonaro para a realização de lives eleitorais nas dependências oficiais. Os ministros entenderam que há desequilíbrio de poder com relação aos demais candidatos.

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