Dois britânicos e um marroquino foram capturados e condenados à morte por autoridades pró-Russia, enquanto lutavam no exército ucraniano em Mariupol. Eles foram acusados de “terrorismo”.


Um tribunal montado no leste da Ucrânia, sob o domínio russo, condenou Aiden Aslin e Shaun Pinner após um processo que foi julgado em dias, caracterizado como “julgamento-espetáculo” por “acusações forjadas” destinadas a imitar os julgamentos de crimes de guerra, tanto na gestão Stalin como contra os soldados russos em Kiev. É a história se repetindo.

Os britânicos, que estavam servindo nos fuzileiros navais ucranianos, deveriam ser protegidos pelas convenções de Genebra sobre prisioneiros de guerra. Mas, a mídia estatal russa, conhecida pela sua propaganda e desinformação, retratou os homens como mercenários, ensejando em suas condenações.

Na quarta-feira (08/06), a agência de notícias estatal RIA Novosti divulgou algumas imagens dos homens se declarando “culpados” pelas acusações contra eles, que também incluíam terrorismo, cometer um crime como parte de um grupo criminoso e tomar o poder à força ou retenção forçada de potência.

Segundo a família de Aslin, ele servia nos fuzileiros navais ucranianos há quase quatro anos e, acusou a Rússia de violar as convenções de Genebra ao divulgar um vídeo em que o prisioneiro está “falando sob coação e com claras lesões físicas”.


Acredita-se que a Rússia esteja usando o processo para pressionar o Reino Unido para troca de prisioneiros. Há uma moratória sobre a pena de morte na Rússia, mas não no território que ocupa no leste da Ucrânia.

O governo do Reino Unido disse que está trabalhando com as autoridades ucranianas para garantir a libertação dos homens:

“Então, continuaremos a trabalhar com as autoridades ucranianas para tentar garantir a libertação de quaisquer cidadãos britânicos que serviam nas forças armadas ucranianas e que estão sendo mantidos como prisioneiros de guerra.”

*Com informações da Gazeta Brasil

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