O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira incluiu na pauta de votação do plenário da Casa hoje (10/8), a Proposta de Emenda à Constituição 135/19, que torna obrigatório o voto impresso.
Como foi relatado aqui no Vista Pátria, a Comissão Especial não tem poder para definir o destino da matéria analisada, o chamado caráter terminativo, o presidente da Casa, Arthur Lira, decidiu colocar a proposta para análise dos 513 deputados.
Os deputados analisarão o texto original da PEC, de autoria da deputada Bia Kicis. A proposta prevê a impressão de “cédulas físicas pelo eleitor” independentemente do meio empregado para o registro dos votos em eleições, plebiscitos e referendos.
Lira afirmou ontem (9/8) durante uma entrevista na Rádio CBN que “as instituições precisam serenar, precisam saber que é necessário um autocontrole”. Também relatou ter conversado com Bolsonaro sobre a decisão de levar a PEC para o plenário. E acresentou “É a decisão mais acertada, e Bolsonaro me garantiu que respeitaria o resultado do plenário. Eu confio na palavra do presidente da República ao presidente da Câmara”.
O presidente da Câmara dos Deputados também disse que “temos uma média de 15 ou 16 partidos contrários ao voto impresso, acho que as chances de aprovação podem ser poucas”.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, declarou ontem que Barroso “apavorou” os parlamentares no sentido de se posicionarem contra o voto impresso. “Vai, mas se não tiver uma negociação antes, um acordo, vai ser derrotada a proposta porque o ministro Barroso apavorou alguns parlamentares. E tem parlamentar que deve alguma coisa na Justiça, que deve no Supremo, né. Então, o Barroso apavorou. Ele foi para dentro do Parlamento fazer reuniões com lideranças e praticamente exigindo que o Congresso não aprovasse o voto impresso”, justificou Bolsonaro.