Caravanas chegam a Lima para acampar e “tomar” a cidade, confrontos já ocasionaram 52 mortes

Desde a deposição e prisão de Pedro Castillos, por tentativa de golpe de estado, o Peru vem enfrentando uma escala de protestos violentos.


Nesta última quarta-feira, 18, o confronto entre manifestantes e policiais em Macusani, no sul do Peru, deixou ao menos um morto, aumentando a tensão na véspera de um grande protesto que reunirá centenas de manifestantes dos Andes em uma marcha até a capital do país, Lima.

Com esta morte, sobe para 52 o número de óbitos desde o início da crise, em 7 de dezembro.

“Às 18h20 (20h20 no horário de Brasília), uma mulher de cerca de 35 anos, que não apresentava sinais vitais, deu entrada no pronto-socorro”, informou o hospital San Martín de Porres de Macusani, cidade andina da região de Puno, perto da fronteira com a Bolívia.

Segundo fotos divulgadas pela imprensa local, a delegacia da cidade foi incendiada durante os confrontos. Os policiais foram resgatados de helicóptero.


Os manifestantes exigem a renúncia da presidente Dina Boluarte e novas eleições.

Foi convocada uma greve geral para esta quinta-feira, assim como uma grande manifestação em Lima, para onde milhares de camponeses andinos se deslocaram nos últimos dias. Eles esperam “tomar Lima”.

Recentemente, deputados bolivianos e chilenos e o governo do Peru, acusaram Evo Morales e o partido ao qual é vinculado de municiar manifestantes e estar por trás dos violentos protestos no país.

O caos estaria sendo arquitetado pelo Foro de São Paulo e visaria e restituição de Pedro Castillos. 

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