Coreia do Norte dispara mísseis de cruzeiro e aumenta tensão sobre possíveis testes nucleares

A Coreia do Norte disparou dois mísseis ao largo de sua costa leste na terça-feira (25/01), segundo o exército sul-coreano. Esta seria a quinta ação somente neste ano feito pelo regime comunista de Kim Jong Un, que alertou que poderia suspender uma moratória autoimposta sobre bombas atômicas e testes de mísseis de longo alcance.


De acordo com o que a Reuters indicou, os militares sul-coreanos estão avaliando os lançamentos de terça-feira com os Estados Unidos para determinar a natureza dos projéteis. Com informações da Bles.

A Coreia do Norte realizou na semana passada testes com mísseis guiados táticos que “atingiram precisamente um alvo insular” na costa leste, disse à Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA) na terça-feira, 18 de janeiro, conforme relatado pela Aljazeera.

No meio do mês de janeiro, o governo Biden impôs sanções a cinco norte-coreanos por seus papéis na obtenção de equipamentos e tecnologia para os programas de mísseis de seu país, uma resposta a testes norte-coreanos anteriores neste mês.

O Departamento do Tesouro fez o anúncio poucas horas depois que a Coreia do Norte disse que Kim supervisionou um teste bem-sucedido de um míssil hipersônico.


Além de testar dois mísseis hipersônicos, o regime norte-coreano há 10 dias lançou um sistema de mísseis ferroviários em resposta às sanções dos EUA.

A tensão tem aumentado, com o líder Kim Jong Un prometendo na semana passada reforçar as forças armadas e que consideraria retomar os testes de mísseis balísticos nucleares e intercontinentais (ICBM) temporariamente suspensos.

A este respeito, o porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos disse que os esforços coordenados com a comunidade internacional continuam a impedir o avanço das armas nucleares da Coreia do Norte, afirmando ainda que a Administração Biden está aberta ao diálogo com Pyongyang.

“Em termos gerais, como dissemos, nosso objetivo continua sendo a desnuclearização completa da península coreana. Continuamos preparados para nos engajar em uma diplomacia séria e sustentada sem pré-condições para alcançar um progresso tangível”, disse o porta-voz à Reuters.

O regime de Pyongyang até agora rejeitou o apelo do governo Biden para retomar o diálogo, dizendo que os Estados Unidos devem primeiro abandonar sua “política hostil” e, em vez disso, prometeu expandir ainda mais seu arsenal nuclear, que ele vê como sua melhor garantia de sobrevivência.

Embora a Coreia do Norte não tenha lançado mísseis balísticos intercontinentais ou armas nucleares desde 2017, começou a testar mísseis de curto alcance após uma campanha diplomática fracassada para convencer o regime comunista coreano a abandonar seu programa de armas nucleares durante a segunda cúpula de Pyongyang com Trump em 2019, já que os EUA rejeitaram as exigências do líder norte-coreano de alívio das sanções em troca de uma rendição parcial de suas capacidades nucleares.

O ministro da Unificação da Coreia do Sul, Lee In-young, encarregado dos laços transfronteiriços, pediu à Coreia do Norte que volte às negociações.

“Enquanto nos preparamos minuciosamente para testes adicionais, gostaríamos de enfatizar novamente que o diálogo e a cooperação são o único caminho para a paz”, disse ele em uma reunião com diplomatas estrangeiros, segundo a Reuters.

Com informações da Bles.

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