Deputados e senadores estão sedentos por CPIs para usá-las como palanque político em ano eleitoral. CPI das Fakes News, CPI da Pandemia, CPI da Pandemia parte 02 e, agora, CPI do MEC.


Além de um alto custo para os cofres públicos, projetos importantes deixam de ser votados pois os parlamentares estão atuando na CPI. Há também um forte apelo político durante as acusações e discursos para que trechos sejam usados em campanhas eleitorais e material para alimentar as redes sociais. Tudo isso com dinheiro público. Os resultados dessas CPIs são inócuos.

Na terça-feira (22/03), o deputado federal Professor Israel (PV-DF), apresentou um requerimento para a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) com o objetivo de apurar o gabinete paralelo de pastores no Ministério da Educação. Para ser instalada, a CPMI precisa reunir a assinatura de pelo menos 171 deputados e 26 senadores, além de ser autorizada pelo presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

“Estou muito seguro de que vamos conseguir o número de assinaturas para a aprovação da CPMI com muita rapidez. Nossa projeção é de que até a próxima semana consigamos ter todos os parlamentares necessários. A temperatura está subindo muito rapidamente”, disse Israel.

“A cada dia, novas evidências, cada vez mais preocupantes, são publicadas na imprensa. E o governo se esconde, não responde aos jornalistas nem à sociedade. Então, pode ser ainda antes”, completou.


Rodrigo Pacheco

O senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, disse que o caso ainda precisa ser esclarecido.

“Eu considero que é um caso a ser explicado, ele precisa ser, naturalmente, explicado, esclarecido, demonstrado, eventualmente, que não há qualquer tipo de favorecimento”, disse Pacheco, ressaltando que é preciso dar “crédito” para que Milton Ribeiro se explique.

“O Senado Federal sempre tem a expectativa, e todos os senadores também, de um tratamento igualitário de todos os ministérios, e também do Ministério da Educação. Na minha relação como presidente do Senado com o ministro da Educação, Milton Ribeiro, eu nunca presenciei qualquer tipo de má vontade por parte do ministro”, afirmou o senador. “Eu confio que o MEC não vai fugir da regularidade e dessa rotina de tratar todos de forma igual, é o que eu espero.”

*Com informações do Estadão

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