Deputados de sete partidos e uma federação se uniram para criar um “superbloco” na Câmara dos Deputados. Com 175 parlamentares, o objetivo do grupo é construir uma “frente ampla” que promova a governabilidade do Palácio do Planalto através de partidos divergentes, mas que encontram convergência com a pauta democrática. O deputado federal André Figueiredo, do PDT-CE, afirmou que, apesar de suas divergências ideológicas, o grupo está se unindo para selar um pacto pelo desenvolvimento pleno do Brasil nos âmbitos econômico e social, defendendo as pautas mais importantes para os brasileiros.
O deputado federal Felipe Carreras, do PSB, foi escolhido para liderar inicialmente o grupo parlamentar, que terá um “rodízio de líderes”. Carreras disse que o bloco “vai ajudar o presidente Lula a pavimentar a governabilidade e ter uma base sólida na Câmara” e fez acenos ao presidente da Casa Baixa, Arthur Lira, do PP-AL. Ele parabenizou a isenção de Lira e destacou que o processo de formação do bloco foi democrático, sem qualquer interferência do presidente da Câmara.
O novo bloco partidário é composto por PP, União Brasil, PDT, PSB, Solidariedade, Avante, Patriota e a federação Cidadania-PSDB, e é considerado o maior da Câmara, com 175 parlamentares. A criação do “superbloco” é uma reação aos aliados de Arthur Lira à formação do “blocão”, liderado pelo deputado federal Fábio Macedo, que inclui Republicanos, PSD, MDB, Podemos e PSC e soma 142 parlamentares, sendo, até então, o maior grupo da Casa.
Com a criação do “superbloco”, a Câmara dos Deputados passa a ter uma dinâmica mais complexa, uma vez que os grupos de partidos estão se organizando para aumentar sua influência e poder de negociação. O desafio será equilibrar as demandas políticas e ideológicas dos diversos partidos envolvidos, com o objetivo de promover o desenvolvimento do Brasil e a defesa dos interesses da população.
