Deputados homenageiam Olavo de Carvalho na Câmara

Ocorreu, na manhã desta sexta-feira (1º), a sessão solene em memória ao filósofo e professor Olavo de Carvalho, na Câmara dos Deputados, no Distrito Federal. O evento teve apresentação musical, vídeo com um depoimento em homenagem e um poema dedicado a ele. O convite foi feito pelas deputadas Carla Zambelli (PL-SP) e Bia Kicis (PL-DF).

Olavo, morto em janeiro de 2022, ajudou na formação alguns dos parlamentares do PL. Além de Zambelli e Kicis, compareceram Nikolas Ferreira (PL-MG), André Fernandes (PL-CE), Marco Feliciano (PL-SP) e Professor Paulo Fernando (Republicanos-DF).

Em mensagem tradicionalmente enviada ao plenário em eventos, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), definiu Olavo como “escritor e influenciador” e fez elogios a ele, chamando-o de alguém que tinha “inegável talento com as palavras”, “inovador da cultura” e o “mais politicamente influente nos últimos 20 ou 30 anos”.

Olavo ganhou fama após parte de suas obras – como O Jardim das Aflições, O Imbecil Coletivo e O Mínimo que Você Precisa Saber para Não Ser um Idiota – e vídeos ganharem grande popularidade entre a direita, sobretudo em comunidades na internet.

O professor também era conhecido por uma retórica inflamada e incisiva. Ele foi a segunda pessoa a quem Bolsonaro decretou luto oficial quando presidente. A primeira foi o ex-vice-presidente Marco Maciel.

Bia Kicis, autora do requerimento para a realização da sessão, chorou no depoimento ao tentar defini-lo. Nikolas Ferreira, o deputado federal mais votado do Brasil, relatou o primeiro encontro com o ideólogo, nos Estados Unidos.

– Tremi todo. Foi muito mais que quando eu vi Neymar. Nem se compara – disse.

Houve uma breve sinalização aos visitantes:

– Ninguém senta aí do lado esquerdo. É aí onde os petistas ficam – disse Professor Paulo Fernando.

A região do plenário ficou, então, esvaziada.

– Quero dizer para vocês olharem aqui, para o lado da esquerda, vejam que está vazio. Eles nunca leram um livro de Olavo de Carvalho – afirmou.

O público aplaudiu. O parlamentar negou que Olavo de Carvalho seja o “pai da direita” e mencionou outras pessoas que ajudaram a crescer o movimento, como Plínio Salgado, criador do integralismo.


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