Dirceu: Maduro é “vitorioso” em eleição “segura” e “inviolável”

O ex-ministro da Casa Civil de Lula, José Dirceu, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pela 13ª Vara Federal de Curitiba, no âmbito da Operação Lava Jato, disse que o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, saiu “vitorioso” nas eleições que ocorreram no último domingo (28). A declaração do petista foi publicada em seu perfil no Instagram.

O político afirmou que o sistema de votação da Venezuela é “seguro” e “inviolável”, e estabeleceu relação de equivalência entre as denúncias de fraude feitas pela oposição a Maduro com as suspeitas de irregularidades nas eleições, relatadas pelos ex-presidentes Jair Bolsonaro (PL) e Donald Trump, nos Estados Unidos, após consolidação de suas respectivas derrotas.


O ex-ministro de Lula atribuiu a segurança do processo eleitoral venezuelano ao voto impresso, além da presença de fiscais do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que são comandados pelo autocrata.

Para o petista, a oposição ao regime de Maduro possui setores golpistas a fim de atender aos interesses norte-americanos.

LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA

O presidente Nicolás Maduro foi proclamado o vitorioso nas eleições venezuelanas e cumprirá seu novo mandato.

O discurso de desconfiança foi imediato, mas já vimos esse filme antes. Somos experientes em relação à alegação de fraude eleitoral perante a derrota. Com Jair Bolsonaro foi assim, e antes dele Aécio Neves. Em comum a ideia de colocar o órgão eleitoral em suspeição e a própria urna eletrônica. Até Donald Trump apelou para a fraude.

É preciso lembrar que, na Venezuela, o voto é impresso e depositado numa urna. Logo o sistema é seguro e inviolável. Há fiscais em todas as sessões e no órgão eleitoral nacional – o CNE – a oposição tem 3 membros.

Não podemos fazer como setores da mídia brasileira, que parte do princípio de que Maduro não pode vencer, e se venceu é porque houve fraude.

Precisamos aguardar a conferência das atas e não dar razão à oposição, muito menos às manifestações violentas.

É importante destacar ainda que na oposição há setores golpistas articulados a interesses norte-americanos, que apoiaram as sanções e o sequestro das reservas da Venezuela, isto é, violaram a soberania do país e da lei internacional.

Em 2013, Henrique Capriles perdeu a eleição e creditou a derrota à fraude. Mas nunca apresentou provas.

Não dá para apontar fraude sem provar e sem a conferência das atas.

Eis por que se posicionaram corretamente México, Colômbia e Brasil, a despeito de toda a gritaria da oposição venezuelana e do entusiasmo da mídia brasileira com a tese da fraude.

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