O Partido da Coalizão Nacional da Finlândia, de centro-direita, conseguiu 20,7% dos votos nas eleições realizadas no domingo 2. Com o resultado, deve assegurar 48 cadeiras das 200 do Parlamento. Em segundo lugar ficou o Partido dos Finlandeses, de direita, que terá 46 assentos. O maior derrotado nas eleições foi o partido de centro-esquerda, liderado pela atual premiê Sanna Marin, com 43 cadeiras.
“É uma grande vitória”, celebrou Petteri Orpo, líder da Coalizão Nacional e que ocupou o posto de vice-premiê, entre 2017 e 2019. “Vamos começar as negociações para um governo na Finlândia.”
Em suas primeiras declarações, Sanna Marin, que em 2019 atraiu as atenções ao se tornar a mais jovem chefe de governo do mundo, com 34 anos, reconheceu a derrota antes mesmo da confirmação dos números finais.
As negociações para a formação de um novo governo ainda não começaram, mas existe a possiblidade de que o Partido dos Finlandeses tenha voz no novo gabinete. Defensor de políticas alinhadas a setores de direita, o partido é crítico do aumento dos gastos sociais, uma das marcas do governo de Marin, da integração com a União Europeia e de políticas relacionadas a imigrantes e refugiados.
Durante a campanha, a alta da dívida pública e a política econômica do governo foram criticadas pelos adversários de Marin. “A política econômica neste período foi muito esquerdista”, disse Elina Valtonen, vice-presidente da Coalizão Nacional, ao jornal El Mundo.