Um dia depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a saída do país da Organização Mundial da Saúde (OMS), o diretor-geral da instituição, Tedros Adhanom Ghebreyesus, usou as redes sociais para lamentar o rompimento. Com a formalização da decisão, a OMS deixa de arrecadar cerca de US$ 500 milhões do governo norte-americano.
Em pronunciamento no Twitter/X, Tedros disse que a OMS desempenha “um papel crucial na proteção da saúde e segurança das pessoas em todo o mundo, incluindo os americanos”. Segundo ele, a instituição também “fortalece sistemas de saúde em lugares perigosos onde outros não conseguem atuar”.
“Durante mais de sete décadas, a OMS e os EUA salvaram inúmeras vidas e protegeram americanos e pessoas ao redor do mundo contra ameaças à saúde”, defendeu o diretor do órgão. “Juntos, erradicamos a varíola e, juntos, trouxemos a pólio à beira da erradicação”.
Tedros disse ainda que espera que os Estados Unidos “reconsiderem sua decisão”. “Estamos ansiosos por um diálogo construtivo para manter a parceria entre os EUA e a OMS, em benefício da saúde e do bem-estar de milhões de pessoas em todo o mundo”.
Veja a postagem de Tedros Adhanom Ghebreyesus no Twitter/X:
Por que Trump retirou os Estados Unidos da OMS
Já no início de seu mandato como 47º presidente dos Estados Unidos, Donald Trump atribuiu o rompimento com a Organização Mundial de Saúde ao desequilíbrio nas contribuições financeiras.
Ele citou que, enquanto os EUA, com cerca de 325 milhões de habitantes, aportavam cerca de US$ 500 milhões à OMS, a China, com uma população de aproximadamente 1,4 bilhão de pessoas, contribuía com menos US$ 39 milhões.
“Vocês acham isso justo?”, perguntou Trump.
Além das questões financeiras, a administração criticou a gestão da OMS durante a pandemia do covid-19. Ele acusou a entidade de atuar sob influência do governo chinês. À época, Tedros foi duramente criticado, sendo, inclusive, acusado de colaborar com a China na ocultação da origem do vírus.
Assista neste vídeo parte da justificativa de Trump para romper com a OMS:
