O dólar fechou a sessão desta segunda-feira (3) com a 11ª queda consecutiva, atingindo o menor valor desde novembro, ao ser cotado a R$ 5,81. A moeda norte-americana recuou depois que os Estados Unidos e o México anunciaram um acordo para suspender as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, uma medida que contribuiu para o alívio do mercado cambial.
O recuo do dólar ocorre após uma série de decisões dramáticas anunciadas pelos EUA no final de semana, quando o presidente Trump decidiu impor tarifas de 10% sobre importações da China, 25% sobre o México e o Canadá. No entanto, o acordo anunciado nesta segunda-feira é válido apenas para o México, com os outros dois países permanecendo com as taxações. As novas tarifas entram em vigor nesta terça-feira (4).
Essas tarifas estavam entre as principais promessas de campanha de Trump, que acredita que a imposição das taxas irá impulsionar o crescimento econômico dos Estados Unidos. Em declarações no domingo (2), o presidente afirmou que os EUA poderiam enfrentar “alguma dor” devido às tarifas, mas que o esforço valerá a pena no longo prazo.
Na mesma segunda-feira, outra notícia importante movimentou o mercado: o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou que as tarifas dos EUA sobre produtos canadenses serão suspensas por “pelo menos” 30 dias, enquanto ambos os países buscam uma solução. O entendimento foi alcançado após uma conversa telefônica entre Trudeau e Trump.
Trudeau expressou em suas redes sociais que a conversa foi “boa” e destacou compromissos importantes entre os dois países. Entre as medidas acordadas, o Canadá implementará um plano de US$ 1,3 bilhão para fortalecer a segurança nas fronteiras, com foco em combater o tráfico de fentanil, um opioide sintético altamente perigoso. O Canadá também indicará um responsável, ou “czar”, para liderar os esforços contra o tráfico dessa substância.
Em paralelo, Trump pressionou para que os cartéis de drogas sejam classificados como organizações terroristas, enquanto o governo canadense anunciou um investimento de US$ 200 milhões para reforçar a inteligência no combate ao crime organizado.