O parlamento russo anunciou nesta terça-feira, 11, a criação de um portal eletrônico que permitirá a mobilização de soldados para a guerra na Ucrânia por meio de e-mails. A medida tem como objetivo facilitar a convocação dos cidadãos do país para o conflito e dificultar a fuga do serviço militar.
Antes da proposta, as notificações eram feitas apenas por meio de cartas, entregues diretamente pelo gabinete local de alistamento ou pela entidade patronal. Com a alteração, em caso de tentativa de burlar a regra, a pessoa ficará automaticamente proibida de sair da Rússia.
Segundo o canal português SIC Notícias, o país diz ter mobilizado mais de 300 mil homens no ano passado para uma “operação militar especial” na Ucrânia. Além disso, o governo russo busca recrutar soldados profissionais de forma voluntária e por meio de uma campanha publicitária.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que é preciso aperfeiçoar e modernizar o sistema de mobilização militar. Ele reconheceu que existiram “problemas” durante o movimento de soldados no ano passado.
A medida reforça a tensão entre a Rússia e a Ucrânia, que têm um histórico de conflitos territoriais. Em 2014, a Rússia anexou a Crimeia, provocando uma crise internacional. Desde então, o conflito entre os dois países se intensificou, com relatos de violações dos direitos humanos e de crimes de guerra. A criação do portal eletrônico de mobilização militar pode agravar ainda mais a situação na região.
