O dólar encerrou o dia 13 de março com leve queda de 0,19%, sendo cotado a R$ 5,7974, refletindo uma oscilação dentro de margens estreitas. O cenário foi marcado pela combinação de novas ameaças de tarifas comerciais dos EUA e uma pressão de venda de moeda em níveis mais altos, em um dia em que os ativos brasileiros registraram desempenho positivo. No acumulado do mês de março, a moeda norte-americana já recuou 2,01%.
Durante o dia, o mercado se manteve atento às movimentações no cenário internacional, com os investidores de olho em declarações de Donald Trump, presidente dos EUA. O republicano anunciou a intenção de impor tarifas de 200% sobre bebidas alcoólicas europeias, caso a União Europeia não revogasse um imposto sobre o bourbon dos Estados Unidos, como resposta a tarifas anteriores sobre aço e alumínio impostas pelos EUA.
No cenário doméstico, as negociações em Brasília sobre a aprovação da Lei Orçamentária (LOA) de 2025 também impactaram os mercados. O Congresso Nacional se prepara para votar a proposta na próxima semana. Em pronunciamento, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se referiu à redução de R$ 7,7 bilhões no programa Bolsa Família como um “ajuste”, e não um corte. Ela também mencionou a apresentação, na próxima semana, de um projeto para isenção de Imposto de Renda até R$ 5 mil, uma medida anunciada pelo Ministério da Fazenda em novembro do ano passado.
Enquanto o dólar operava de forma contida, o Ibovespa teve um desempenho favorável, registrando alta superior a 1%, voltando a superar a marca dos 125 mil pontos. O índice de ações foi impulsionado pela valorização de 10% da B3, após a decisão favorável em um processo envolvendo R$ 5,77 bilhões de amortização de ágio.
Dólar recua levemente e Ibovespa se recupera
