O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) formalizou, na noite desta quinta-feira (20), seu pedido de afastamento da Câmara dos Deputados para residir nos Estados Unidos. Segundo a assessoria da Casa, ele solicitou dois dias de licença médica e mais 120 dias por “interesse particular”, totalizando 122 dias fora do mandato.
Com a aprovação do pedido, Eduardo já teve seu perfil atualizado no site da Câmara com a indicação de que “não está em exercício”. De acordo com o regimento interno, afastamentos superiores a 120 dias exigem a convocação de um suplente. Dessa forma, a vaga será ocupada pelo Missionário José Olímpio (PL-SP), o segundo suplente da sigla no estado. O primeiro suplente, Adilson Barroso (PL-SP), já havia assumido uma cadeira na Câmara devido à licença de Guilherme Derrite, atual secretário da Segurança Pública de São Paulo.
Na última terça-feira (18), Eduardo Bolsonaro anunciou que deixaria o Brasil para evitar o que chamou de “perseguição política”. A decisão ocorre poucos dias antes do julgamento de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por suposta tentativa de golpe de Estado.
Embora não esteja entre os 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito do golpe, Eduardo chegou a ter o passaporte alvo de um pedido de apreensão feito pelo PT. No entanto, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou a solicitação.
Mesmo assim, o parlamentar criticou duramente o ministro, chamando-o de “psicopata” e reafirmando que não pretende retornar ao Brasil. “O Brasil já não é mais um local seguro para se fazer oposição, não há liberdade de expressão”, declarou em entrevista à revista Oeste na quarta-feira (19).
Com a licença, Eduardo Bolsonaro ficará fora da Câmara até meados de julho.
Eduardo Bolsonaro se licencia da Câmara por 122 dias e vai morar nos EUA
