Empresa contratada pelo PL para auditar eleição diz que urna pode ser fraudada

Contratado pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, para auditar as eleições deste ano, o engenheiro Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal, afirma em uma entrevista no R7 que foi divulgada (10/6), que as urnas podem ser fraudadas, defende a participação das Forças Armadas no pleito eleitoral e sugere a criação de um documento eletrônico para cada voto.


Sim, [a urna] é passível de fraude, em tese. Do ponto de vista de ataque, todo equipamento eletrônico tem risco de invasão. Não existem equipamentos perfeitos, que não tenham erros. Se existe equipamento, existe falha eletrônica. Se existe programa, existe erro. Se existem pessoas envolvidas, existem falhas humanas e intenções malignas.

Rocha

O engenheiro também disse que a intenção da auditoria é dar mais transparência ao pleito eleitoral e identificar oportunidades de melhoria no sistema.

A nossa missão é procurar trazer o máximo de informação para tranquilizar a todos sobre o processo eleitoral brasileiro.

Rocha

Como foi relatado aqui no Vista Pátria, a contratação da empresa tinha sido divulgada por Bolsonaro, que argumenta que é um direito da legenda, visto que a legislação permite que os partidos constituem um sistema próprio de fiscalização, apuração e totalização dos resultados. Agora, o TSE precisa credenciar o instituto. Não há prazo para a aprovação.

Rocha diz que, de acordo com as informações do próprio TSE, há um grupo restrito de colaboradores com “absoluto controle” sobre o código do sistema eletrônico de votação, mas defende acompanhamento externo.

Além de quase 70% [das invasões em sistemas] nascerem dentro das organizações, estatísticas apontam para em torno de 95% das quebras nascerem de falhas humanas. Ou seja, a tecnologia não é infalível, não é perfeitamente assertiva. Por isso, a importância da auditoria para comprovar a assertividade estatística.

Rocha

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