Fábio Faria pode virar o braço forte de Elon Musk no Brasil

O ministro da comunicação, Fábio Faria deixará o governo antes de dezembro para se tornar o homem forte do bilionário Elon Musk no Brasil. Alguns executivos muito bem-posicionados no mercado de radiodifusão dão como certa essa possibilidade.


Faria vem construindo a relação com Musk já faz algum tempo. Desde que assumiu o ministério, ele já viajou várias vezes aos Estados Unidos, e em alguns desses compromissos aproveitou para estreitar os laços com as empresas do homem mais rico do mundo, dono da SpaceX, da Tesla e da rede de satélites Starlink.

No ano passado, o ministro foi recebido por Elon Musk na base de operações da SpaceX, no Texas. Um dia antes, ele esteve com executivos da companhia na Califórnia.

O ministro fez questão de chegar com pompa e circunstância para os encontros, a bordo de um jato da Força Aérea Brasileira enviado aos Estados Unidos especialmente para servi-lo — ele havia desembarcado no país em um voo comercial desde Glasgow, na Escócia, e pediu à FAB que disponibilizasse uma aeronave para seus deslocamentos em território americano.

A agenda previa conversas sobre o interesse de Musk de obter autorização para operar sua rede de satélites Starlink no Brasil.


Em Brasília o ministério comandado por Fábio Faria já vinha atuando nos bastidores para que a Anatel, a Agência Nacional de Telecomunicações, liberasse a operação da rede de satélites de Elon Musk no país – a autorização foi concedida em janeiro deste ano.

Foi o ministro quem organizou o encontro do bilionário com o presidente Jair Bolsonaro, na semana passada, no hotel Fasano Boa Vista, em Porto Feliz, interior de São Paulo.

Na ocasião, o bilionário nascido na África do Sul e naturalizado americano anunciou o plano de levar internet para regiões remotas da Amazônia e a disposição de oferecer a tecnologia da empresa para monitorar a floresta.

Recentemente, o ministro desistiu de concorrer ao Senado pelo Rio Grande do Norte, seu estado-natal. Em privado, pessoas próximas afirmam que ele deve ficar no governo pelo menos até as eleições de outubro.

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