Gestão Lula pretende reduzir carne da marmita de refugiados

As marmitas dos refugiados venezuelanos em Roraima sofrerão um corte na quantidade de carne bovina, suína e de frango, segundo planeja o governo Lula (PT). A licitação deste ano ainda prevê a inclusão de ovos de galinha ou de codorna no planejamento alimentar a fim de substituir as proteínas provenientes de carne em algumas refeições. Além disso, o peso geral também pode diminuir.

Segundo informações do portal Metrópoles, a licitação iniciada em 2022 no governo Bolsonaro (PL) previa que os almoços e jantares dos refugiados deveriam ter 150 gramas de proteína sem osso ou 180 gramas de proteína com osso em cada refeição. Já no caso de peixes, eram 130 gramas com espinha e 160 gramas sem.

A nova licitação, elaborada este ano pelo Ministério da Defesa de Lula, as carnes bovinas terão um corte de ao menos 50 gramas, as carnes de frango diminuirão 30 gramas, e no caso das suínas, a queda será de 97 gramas. Já as carnes de peixe terão 200 gramas. O documento não faz diferenciação entre os alimentos com osso ou sem osso, nem entre a presença ou ausência de espinhas.

As marmitas contam com arroz ou macarrão, além de feijão, guarnição e saladas. A quantidade, contudo, também pode cair. No antigo certame, o peso deveria ser de 650 gramas. No novo, a contabilização é feita por calorias, devendo ter 680 kcal.

As marmitas são distribuídas por meio da Operação Acolhida, realizada pelo Ministério da Defesa junto do Exército. A ação foi instaurada em 2018 para auxiliar os venezuelanos que deixaram seu país devido ao regime de Nicolás Maduro e à crise humanitária.

Questionado, o Ministério da Defesa negou o corte, apesar da diferença entre o antigo e o novo certamente, e alegou que seu planejamento alimentar segue a “padronização adotada internacionalmente em operações de caráter humanitário”.


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