O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, debocha dos deputados federais Bia Kicis e Hélio Negão, em entrevista ao Jornal Correio Braziliense, direto de Portugal.
Mendes reforça que nomes como os dos deputados citados seria uma forma de sátira e que deseja que sejam encontradas “algumas fraudes” num sentido de desmerecimento aos parlamentares, por conta das urnas.
Para o jurista, é como se essas pessoas que foram eleitas de forma legítima poderiam decorrer de “fraude”, no caso.
“Todos os Bolsonaros, e eles são vários, foram eleitos pelas urnas eletrônicas. Bolsonaro também elegeu, exatamente porque liderou a campanha presidencial, 55 parlamentares, alguns de que nós nunca ouvimos falar. Até numa conversa com ele, brinquei, dizendo que tinha vontade de acreditar na fraude das urnas, porque, quando via nomes como Hélio Negão (PL-RJ), Bia Kicis (PL-RJ), ou coisas assim, pensava, poxa. Mas sei que eles foram eleitos, assim como tivemos, em outros momentos, como na vitória de Collor, a eleição de muita gente desconhecida”, falou Mendes.
Após a bola a fora, Gilmar disse que firmou diálogo com vários diplomatas e reforçou que o encontro do presidente com os embaixadores consolidou a visão de que o sistema de voto brasileiro é confiável.
“Pelos ecos que consegui colher desta reunião, mais se confirmou a solidez e a higidez do sistema eleitoral”, disse.
Mendes informa que não acredita que nossas urnas possam ser violadas.
“Não acredito que haja clima para isso no Brasil, uma democracia grande, uma das maiores do mundo, consolidada. Pode ter técnica nesse modo de ver o mundo, de manter os agrupamentos unidos, que querem acreditar em teorias conspiratórias. Mas nós sabemos que todos eles, as pessoas que estão aí, vieram desse processo pelas urnas eletrônicas”, disparou o ministro.
Mesmo assim fica a pergunta: por que o medo do voto impresso e auditável?
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