Em um evento oferecido pelo portal Consultor Jurídico (Conjur), que levava o temam: “O combate ao crime além da Lava Jato”, na segunda-feira (07/03), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, disse que as delações premiadas da Operação Lava jato foram obtidas “sob uma verdadeira tortura”.
“Nós vimos o que as chamadas ‘prisões alongadas de Curitiba’ produziram, no Supremo a toda hora nós dizemos isso, delações absolutamente impróprias, inadequadas, imprestáveis, inverossímeis.”
Procurador-Geral da República
O evento contou com a participação do procurador-geral da República, Augusto Aras, que disse que viu as declarações de Gilmar Mendes como “atônita” as “prisões alongadas” como forma de “tortura psicológica”.
Ele disse que o uso da condução coercitiva não é mais utilizado no Brasil e que é um “modelo superado”.
“Nós superamos esse modelo de força-tarefa que não tinha nenhuma organização, nenhuma forma de fiscalização, era algo extremamente informal”, disse.
O procurador-geral afirmou que o modelo foi substituído pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que trabalha com mais de um procurador responsável.
*Com informações da Revista Oeste
