Giorgia Meloni dá duro golpe na esquerda e tem vitória sobre aborto na cúpula do G7

Um rascunho do documento final da cúpula do G7 não menciona o direito ao aborto legal e seguro, conforme relata a agência de notícias Reuters.

Os líderes dos países do G7 estão reunidos para seu encontro anual na Itália, e uma controvérsia sobre a inclusão de uma frase sobre o direito ao aborto no documento final causou divisões entre a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e representantes dos Estados Unidos, Canadá, Alemanha e França.


Segundo o rascunho visto pela Reuters, a declaração do G7 mantém compromissos com “o acesso universal a serviços de saúde adequados, acessíveis e de qualidade para as mulheres”, assumidos no encontro do ano passado em Hiroshima, Japão. No entanto, foi removida a referência específica no comunicado de 2023 sobre a importância do “acesso a aborto seguro e legal e cuidados pós-aborto”.

A presidência rotativa do G7, atualmente nas mãos da Itália, justificou a decisão afirmando que não era necessário repetir a linguagem anterior, pois o compromisso já havia sido reiterado em Hiroshima. Diplomatas relataram que França e Canadá tentaram fortalecer a linguagem sobre os direitos ao aborto, mas não conseguiram convencer os italianos.

Giorgia Meloni, que se opõe ao direito ao aborto, contou em uma biografia que sua própria mãe quase interrompeu a gravidez dela. Em abril, o governo italiano deu permissão para grupos antiaborto tentarem convencer mulheres a não abortarem dentro das clínicas especializadas.

A cúpula do G7, que começou na quinta-feira na Itália, reúne líderes dos países-membros e convidados, incluindo o presidente Lula do Brasil. O principal tema é o apoio à Ucrânia em sua guerra contra a Rússia desde fevereiro de 2022, com um acordo fechado para destinar US$ 50 bilhões este ano à Ucrânia, respaldado em ativos russos congelados.

Este encontro acontece em meio a uma pressão crescente sobre os líderes do G7 após avanços da extrema direita nas eleições para o Parlamento Europeu e eleições nos EUA, França e Reino Unido.

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