Governo Lula quer retirar 2,5 milhões de pessoas do Bolsa Família

Nesta quinta-feira, 9, o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, afirmou que a quantidade de problemas encontrados na revisão do Cadastro Único (CadÚnico) – porta de entrada do Bolsa Família – foi maior do que a mapeada na transição.


Segundo ele, das 10 milhões de inscrições que estavam sob análise mais detalhada, cerca de 2,5 milhões apresentaram algum tipo de irregularidade. Esses casos seriam decorrentes, em sua maioria, da concessão irregular a famílias que constam como divididas apenas para engordar o benefício.

“Eu quero ser muito cuidadoso porque estamos lidando com seres humanos, pessoas que foram estimuladas a essa situação. Temos um foco de mais ou menos de 10 milhões de beneficiários que estão na linha da avaliação de revisão de cadastro. Acreditamos que mais ou menos 2,5 milhões têm grandes indícios de irregularidade.”, disse o ministro em Ceilândia.

Segundo Dias, haverá um esquema especial para a retirada desses beneficiários. O novo governo entende que eles foram submetidos a essa situação de fracionamento familiar e que agora precisam de um modelo específico para deixar o programa, que ainda não está definido.

O objetivo do ministério é finalizar essa análise ainda no mês de fevereiro e apresentar os dados para à Lula. O que demandará articulação com outras pastas, como a Fazenda, para fechar a remodelação do Bolsa Família e possibilitar o pagamento do adicional de R$ 150 para famílias com crianças de até 6 anos ainda em março, como planejado inicialmente.

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