Governo Trump confirma ‘fator Moraes’ nas taxas contra o Brasil

O governo Trump reconheceu que as taxas impostas ao Brasil, de até 50% sobre exportações, têm origem também em questões políticas e de direitos humanos, e não apenas em motivos comerciais. Embora não tenha citado seu nome, o representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, descreveu episódios que remetem diretamente a decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).


A declaração ocorreu nesta quarta-feira, 15, na véspera da primeira reunião entre o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o chanceler brasileiro, Mauro Vieira. Greer explicou que existem “dois regimes em vigor” na política tarifária contra o Brasil. Um deles é a taxa recíproca de 10%, aplicada de forma geral a vários países “para controlar o déficit comercial global”. O segundo, responsável pelos 40% adicionais, “decorre de uma emergência separada” e se relaciona a “preocupações extremas com o Estado de Direito, censura e direitos humanos no Brasil”.

O representante norte-americano detalhou que “um juiz brasileiro ordenou que empresas norte-americanas se autocensurem, emitindo ordens secretas para controlar o fluxo de informações”. Ele também mencionou “a detenção ilegal de cidadãos dos Estados Unidos que estavam no Brasil”.

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