O governo de Donald Trump finalizou nesta terça-feira, 2, o processo de dissolução da Usaid, agência criada para administrar programas de assistência internacional dos Estados Unidos. Todas as funções e servidores da instituição passaram a integrar o Departamento de Estado, encerrando a atuação independente da agência e centralizando o controle das operações.
Com a medida, que segue diretrizes de Trump para conter despesas federais, a Usaid deixa de gerar gastos autônomos, e as atividades passam a ser supervisionadas diretamente pelo Departamento de Estado.
O decreto que determinou a transição foi assinado em 20 de janeiro, prevendo avaliação e ajuste das atividades da agência.
Processo de transição e encerramento administrativo
Menos de 30 dias depois, todos os colaboradores da Usaid foram colocados em licença administrativa como parte da estratégia de redução de custos durante a transição. Em 28 de março, o governo comunicou oficialmente o Congresso sobre a mudança. Na ocasião, a porta-voz Tammy Bruce comentou a decisão em entrevista coletiva.
O Escritório do Inspetor Geral da Usaid publicou, em maio, um relatório detalhando etapas pendentes para finalizar a transferência. O processo foi considerado concluído em 1º de julho. O encerramento administrativo, oficializado nesta terça-feira, 2, elimina gastos residuais e consolida o fim da agência como órgão separado.
Histórico e atuação internacional da Usaid
Fundada em 1961 por decisão do então presidente John Kennedy, a Usaid unificou iniciativas de auxílio internacional dos EUA. Antes da posse de Donald Trump, em janeiro de 2025, a agência atuava em mais de cem países, incluindo o Brasil.
Durante as décadas de 1960 e 1970, a Usaid foi vista em diversos países como instrumento da política externa dos EUA. Já nos anos 1980 e 2000, a agência passou a atuar em direitos humanos e defesa de minorias, aproximando-se de pautas identitárias e ganhando respeito em setores progressistas.
O nome oficial da entidade é “United States Agency for International Development”. Nos EUA, costuma-se pronunciar as letras “U” e “S” separadamente, seguido do termo “aid”, que significa “ajuda”. O lema da agência, “from the American People”, reforça a ideia de auxílio do povo norte-americano.