Governo Trump revoga mais de 6 mil vistos de estudantes estrangeiros

O Departamento de Estado dos Estados Unidos revogou mais de 6.000 vistos de estudantes estrangeiros desde que Marco Rubio assumiu a liderança do órgão, em janeiro de 2025. A informação foi divulgada na segunda-feira (18) pela Fox News.


A maioria dos vistos cancelados envolvia estudantes com documentos vencidos ou com passagens pela polícia por infrações. Cerca de 4.000 deles foram revogados por violação da lei, principalmente por agressão, segundo um alto funcionário do Departamento de Estado à Fox News. “Dirigir sob a influência de álcool e drogas, bem como roubo, foram outros delitos que ocasionaram a revogação do documento”, disse o funcionário.

Entre 200 e 300 vistos foram cancelados por “apoio ao terrorismo”, incluindo atividades como arrecadação de fundos para o Hamas, grupo designado como organização terrorista pelo governo norte-americano. “Todos os vistos de estudante revogados durante o governo Trump se deram porque o indivíduo infringiu a lei ou expressou apoio ao terrorismo enquanto estava nos EUA”, afirmou o funcionário.

No total, aproximadamente 40.000 vistos foram revogados em 2025, número superior aos 16.000 cancelados no mesmo período durante a administração de Joe Biden. “Mesmo que a administração anterior estivesse fazendo menos, eles ainda assim estavam revogando vistos. Não é algo que começou apenas em 20 de janeiro”, declarou o órgão, referindo-se à posse de Donald Trump.

Marco Rubio anunciou em maio a intensificação da revisão de vistos de estudantes estrangeiros. Em depoimento ao subcomitê de apropriações do Senado que supervisiona assuntos estrangeiros, o secretário de Estado afirmou que “milhares” de vistos estudantis haviam sido rescindidos desde janeiro. “Não sei a contagem mais recente, mas provavelmente temos mais a fazer”, declarou Rubio.


Ele acrescentou: “Vamos continuar a revogar os vistos de pessoas que estão aqui como convidados e estão perturbando as nossas instalações de ensino superior”. As revogações estão alinhadas com decretos assinados por Trump em janeiro, que instruíram o Departamento de Estado e outras agências a “examinar e filtrar ao máximo grau possível todos os estrangeiros que pretendem ser admitidos, entrar ou já estão dentro dos EUA, particularmente aqueles estrangeiros vindos de regiões ou nações com riscos de segurança identificados”.

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