Policiais do Equador usaram a força para invadir nesta sexta-feira (5) a embaixada do México em Quito e prender o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, que estava refugiado no local desde dezembro.
O governo brasileiro condenou nesta sábado (6) a invasão da polícia equatoriana à embaixada do México em Quito e disse que o episódio abre um “grave precedente”.
Relações diplomáticas
De acordo com a Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas, de 1961, os locais de missões de um país dentro de um outro — como embaixadas e consulados — são considerados invioláveis. Equador e México aderiram à regra na década de 1960.
Segundo o tratado, a entrada de agentes de estado dentro desses locais depende da autorização do chefe da missão estrangeira. Ou seja, no caso do Equador, a polícia deveria solicitar permissão ao embaixador mexicano para ingressar na Embaixada do México.
“Me jogaram no chão”, diz chefe do consulado mexicano
O chefe do Ministério das Relações Exteriores e Assuntos Políticos da Embaixada do México em Quito, Roberto Canseco, disse que Glass está sendo perseguido e relatou que os policiais o agrediram durante a invasão da embaixada.
“Me jogaram no chão. Tentei impedi-los fisicamente de entrar, mas como criminosos eles invadiram a embaixada mexicana no Equador. Isso não é possível, isso não pode ser, é uma loucura”, disse Canseco à imprensa equatoriana.